Justiça do Rio autoriza casal a cultivar maconha para tratamento de filha com síndrome rara


Sofia tem síndrome rara e sofre com convulsões; substância extraída da maconha ajuda no combate às crises

Uma família carioca conseguiu uma autorização da Justiça para cultivar maconha para uso medicinal. Margarete Guete e o marido podem plantar, cultivar e extrair o óleo da planta para o tratamento da filha que sofre de uma síndrome rara.
Sofia, de 3 anos, nasceu com uma síndrome de origem genética, conhecida como CDKL5. A menina sempre sofreu com convulsões.
Margarete ouviu sobre os efeitos terapêuticos do canabidiol, extraído da maconha para controlar as convulsões, há cerca de três anos. A mãe passou a importar um produto dos Estados Unidos que continha a substância, mas, além de caro, o processo é muito burocrático.
— Em fevereiro, quando fiquei sem o óleo, uma rede colaborativa me ofereceu o produto. Eu experimentei novamente o óleo artesanal com a Sofia e nós tivemos um resultado incrível. Foi quando a gente resolveu começar a plantar para podermos nós mesmos fazer o remédio da Sofia.
O tratamento com o canabidiol importado varia de R$ 2 mil a R$ 15 mil, dependendo do peso do paciente. Já o tratamento feito de forma artesanal com a substância extraída diretamente da planta é bem mais em conta. Segundo Margareth, o cultivo da planta gera um aumento de apenas R$ 100 na conta de luz, além dos custos com água, adubo e terra.

O processo movido pela própria Margareth para continuar a cultivar a planta em casa ainda não foi julgado pela Justiça do Rio.


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